sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Disciplina: construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola*
Dorotéia Baduy Pires**
O que seria de uma orquestra, se cada músico tocasse o que quisesse? Se não houvesse disciplina? Ela é necessária. E deve ser analisada como um meio e não um fim.
Vasconcellos 1994.
Motivado pela questão da ausência da disciplina em sala de aula, o pedagogo Celso dos Santos Vasconcellos publicou recentemente sua pesquisa: Disciplina: construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola.
Na universidade, muitos dos professores são profissionais que bruscamente passaram para a condição de educadores sem nenhuma pedagogia ou didática para enfrentar as adversidades e diversidades de uma sala de aula, suprida em parte pela experiência e pelo convívio entre os pares. Mas uma das maiores dificuldades é, sem dúvida, a indisciplina na educação. Tornou-se um grande desafio, que cada vez mais tem sido alvo de preocupação das escolas, da direção, dos pais e professores.
Qual o papel da universidade? Falta perspectiva para o jovem. Estudar para quê? Promove a ascensão social? Prepara para a profissão? Forma a cidadania?
E o educador? Qual é a sua postura: autoritária, conformada, comprometida, desesperada, desanimada, consciente? Que visão tem de sua ação pedagógica? Repressiva ou liberal?
O professor precisa refletir a sua prática, fazer uma autocrítica. Sem uma definição clara do seu papel, não estará em condições de educar, dado que o aluno capta isso com muita facilidade e explora essa fragilidade. 
Há um consenso de que sem disciplina não se pode fazer nenhum trabalho pedagógico significativo.
O ideal seria uma disciplina consciente e interativa, marcada por participação, respeito, responsabilidade, construção do conhecimento, formação do caráter e da cidadania.
A disciplina deve formar o aluno "como pessoa capaz de pensar, de estudar, de dirigir ou de controlar quem dirige" (Gramsci 1982, p. 36).
Vasconcellos conclui que "os educadores devem se comprometer com o processo de transformação da realidade, alimentando um projeto comum de escola e de sociedade", como numa orquestra.
Bibliografia
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Disciplina: construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola. São Paulo: Libertad, 1994.
* Resenha da obra de Celso dos Santos Vasconcellos, Disciplina: construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola. São Paulo: Libertad, 1994.
** Professora do Curso de Desenho Industrial, coordenadora do Centro de Pesquisa de Design e mestranda em Educação - Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
Fonte: Educação & Sociedade
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-73301999000100009&script=sci_arttext, acesso em 25 de nov de 2011

quinta-feira, 24 de novembro de 2011


As estratégias usadas atualmente por grande parte dos professores para lidar com a indisciplina têm sido desastrosas e estão na contramão do que os especialistas apontam ser o mais adequado. O teste abaixo é uma forma de mostrar que é preciso rever conceitos.
Se a repreensão funcionasse, a indisciplina não seria apontada como o aspecto da Educação com o qual é mais difícil lidar em sala de aula.
As questões ligadas à indisciplina são da natureza humana. Portanto, complexas e incertas. Esse é um ponto de partida para quem convive com o problema. Para se sair bem, é preciso estudar muito e sempre revisitar o tema.

FALTA DE AUTORIDADE
O que se espera da escola é conhecimento. É isso que faz o aluno respeitar o ambiente à sua volta. Se a aula está um tédio, ele vai procurar algo mai interessante para fazer
 Fonte: Revista Nova Escola, Disponível em<http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/indisciplina-503228.shtml?page=all>.    Acesso em 24 de nov de 2011